Alimentação Familiar

Pensar e repensar sobre seus hábitos alimentares é, sem dúvida, o primeiro passo para alcançar seu principal objetivo - uma alimentação mais saudável com resultados positivos e prolongados, visto que em sua maioria o efeito “sanfona” é bastante evidenciado. Hábitos são atividades de constantes repetições que acabam se tornando rotineiros no nosso dia a dia e para  modificá-los,  é  preciso  determinação  e  dedica-ção sobre a conduta selecionada, principalmente, quando essa mudança precisa ser em família. Muitas vezes o comportamento dos pais acaba sendo uma influência negativa, não apenas quando não são bons exemplos na hora de refeição, mas também com suas atitudes e estratégias para fazer com que as crianças comam, adotando alternativas de compensações. Vale ressaltar que para evitar grandes transtornos na fase de adaptação da conduta, as mudanças precisam ser graduais. Uma vez que, durante a prática profissional pode se observar que os resultados são mais satisfatórios quando há uma mudança gradual do que condu-tas drásticas, tampouco restritivas.

Todo início é difícil (como em tudo na vida), exige muita determinação e comprometimento, no meio do caminho sur-gem diversos obstáculos, seja na adequação dos horários, na resistência da família à introdução de novos alimentos, simplesmente pelo fato de experimentá-los, ao tempo gas-to para preparar a alimentação, eventos sociais, entre ou-tros fatores que vos levam a cair na rotina anterior, na qual já adaptada e considerada “mais fácil”. No entanto, ressalto aos pacientes sempre a QUALIDADE DE VIDA e não apenas SOBREVIDA, em quaisquer faixas etárias. Mesmo pequenas alterações, podem melhorar consideravelmente a saúde. Pre-servar o prazer de comer facilita a manutenção de novos hábitos ao longo da vida. 

A melhor forma de iniciar uma reeducação alimentar é procurar orientações científicas  apontadas por profissionais especializados na área, visto que na na atualidade, a mídia é um meio muito importante de auxílio, mas, não pode-mos considerar que todos pacientes ou família são iguais, portanto, é necessário saber as particularidades, ainda mais quando se trata de alguma pato-logia em particular. Descrevo abaixo pequenas orientações nutricionais que podem ser adap-tadas em seu convívio familiar na busca de grandes resultados.

Organize-se: Deixe-os alimentos preparados com antecedência, seja a higienização dos nutrientes, bem como cortados e descascados quando possível. Assim você estimula o consumo saudável, ao invés de fazer trocas errôneas, por exemplo: biscoitos industrializados por frutas in natura. Essa tarefa vale para o armazenamento de preparações congeladas, visto que as trocas são bem sugestivas aos famosos “disks”. - Inove na apresentação: busque sempre alter-nar as cores, cortes e as consistências dos alimentos. Quanto mais colorida e mais variada, você garante uma maior oferta de todos os nutrientes necessá-rios a saúde, evitando a monotonia dos alimentos. Lembre-se que “comemos com os olhos”.

Na hora da mesa: A idade escolar é a fase decisiva para a estruturação e consolidação de estilos de vida saudáveis (alimentação e exer-cício físico), persistindo durante a vida adulta. Para que a alimentação saudável seja um hábito adotado desde cedo, é essencial que as refeições sejam um momento em que a família se reúne e converse, sem quaisquer meios de televisão ligada e demais eletrônicos.

Redução do sal na cozinha: Opte por ervas frescas e especiarias naturais que realçam as preparações alimentícias. E mais: não coloque o sal sobre a mesa durante as refeições.